Instituto de Biotecnologia e Bioengenharia / IST
Projecto pioneiro em Portugal “MESENCHIMAL STEM CELLS”
Uma das principais causas do insucesso dos transplantes de medula óssea consiste numa complicação conhecida como Doença do enxerto contra o hospedeiro, que ocorre em cerca de 50% dos casos dos doentes transplantados.
Na sua forma mais grave, esta patologia pode ser fatal. Não existe, atá à data, um tratamento eficaz para esta doença, mas estudos recentes demonstram que podem ser obtidos resultados favoráveis, se os doentes forem transplantados com infusões de células estaminais mesenquimais (MSC), as quais existem em quantidades muito pequenas na medula óssea adulta. Quando infundidas num paciente, estas células são capazes de neutralizar os mecanismos de inflamação que decorrem da doença e promover a recuperação dos orgãos afectados.
O projecto “Mesenchymal Stem Cells” visa a expansão das células estaminais em condições laboratoriais muito exigentes do ponto de vista técnico, de modo a poderem ser utilizadas num tratamento deste tipo.
Este projecto nasce de uma parceria entre o Laboratório de Bioengenharia de Células Estaminais - Prof. Sampaio Cabral, o Instituto Português de Oncologia Francisco Gentil - Prof. Doutor Manuel Abecasis, o Centro de Histocompatibilidade do Sul - Prof. Doutor Hélder Trindade, o Grupo José de Mello Saúde e a Associação Portuguesa Contra a Leucemia.
O Senhor Ministro da Saúde, Dr. António Correia de Campos que muito enalteceu a APCL pelas suas vitórias e iniciativas de grande valor, aproveitou também para dizer que está para breve o conhecimento do local no novo IPO de Lisboa - 11 de Janeiro de 2008.
Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC)
O Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC) é um centro de investigação internacional nas Ciências da Vida que tem como missão conduzir investigação científica e formação pós-graduada em biomedicina, contribuindo para a formação de novas lideranças na comunidade científica nacional e para a implantação e desenvolvimento de programas de investigação científica de excelência. O IGC funciona como uma instituição de acolhimento, oferecendo um excepcional ambiente intelectual, bem como instalações, equipamentos e serviços competitivos internacionalmente, a investigadores portugueses e estrangeiros que aqui criam os seus grupos de investigação e desenvolvem os seus programas de investigação, em total autonomia intelectual e financeira.
A investigação no IGC é realizada por 33 grupos de investigação e sete pequenas equipas de investigadores independentes que estabeleceram e desenvolvem linhas de investigação independentes, numa coerência institucional assegurada pelo Director, apoiado pelo Conselho Científico. Mantêm-se associados ao Instituto 18 grupos externos, baseados em outras instituições nacionais.
Os cerca de 300 cientistas do IGC têm contribuído com avanços significativos para as Ciências da Vida:
Identificação de um novo mecanismo de inflamação e auto-imunidade;
Elucidação de um processo fundamental na divisão e multiplicação das células, com implicações para a compreensão do cancro;
Estudo do impacto que certas moléculas podem ter numa forma de leucemia que ocorre nos linfócitos B (Leucemia Linfocítica Crónica (LLC) e possíveis aplicações terapêuticas.
Cálculo da ‘verdadeira’ velocidade de mutação de bactérias, com implicações para a resistência a antibióticos;
Apresentação da primeira evidência de que o monóxido de carbono impede o desenvolvimento da malária cerebral;
Criação de um modelo matemático que estabelece alvos para a erradicação da malária.
Em 2008 foram publicados 96 artigos em revistas científicas internacionais e dois capítulos em livros. Os investigadores do IGC fizeram mais de 300 comunicações em reuniões científicas internacionais. Foram preparadas, em parte ou na totalidade, sete teses de doutoramento, 13 teses de mestrado e uma tese de licenciatura.
O IGC mantém três programas de Doutoramento, em Biologia Integrativa, Biologia Computacional e Neurociências.
Componente integral do esforço de formação contínua dos investigadores do Instituto é o programa internacional de seminários, que conta com a participação de reconhecidos líderes mundiais em biomedicina. Em 2008, à semelhança de anos anteriores, passaram pelo IGC mais de 200 cientistas convidados, muitos integrados nos cursos leccionados no âmbito dos programas de doutoramento. O IGC é também um ponto regular de encontro entre cientistas, em reuniões, workshops e conferências científicas; em 2008 realizaram-se 20 tais reuniões internacionais no IGC, organizados pelos seus investigadores.
Em reconhecimento do papel desempenhado pelos cientistas na fomentação de debates informados sobre assuntos científicos, com públicos não-científicos, o IGC mantém um programa dedicado à comunicação de ciência. Este programa tem como objectivos promover a imagem do IGC e da investigação realizada no Instituto, e promover o envolvimento da sociedade na investigação científica e no seu financiamento. Através de actividades baseadas na comunicação directa e bi-direccional, e no diálogo, o programa de comunicação de ciência dirige-se aos media, a professores e alunos, ao público em geral e a grupos de interesse, como, por exemplo, associações de doentes.
Nós respondemos.