A
Agentes hipometilantes
Medicamentos que actuam nos genes que controlam o crescimento tumoral e destroem as células de crescimento rápido; estão actualmente aprovados dois destes agentes, análogos da citosina: azacitidina e decitabina.
A azacitidina pode ser administrada em Hospital de Dia na dose de 75mg/m2/dia durante 5 dias, de 4/4 semanas
Os efeitos secundários mais frequentes são moderados e incluem fadiga náuseas/vómitos, diarreia ou obstipação, diminuição dos valores dos neutrófilos e/ou das plaquetas.
Anticorpo monoclonal
Por técnicas sofisticadas de engenharia genética podem-se obter anticorpos contra determinados antigénios da superfície dos linfocitos. Estes medicamentos vão atingir as células que têm esses antigénios, poupando as outras, e são um importante avanço no tratamento de várias doenças malignas.
O primeiro a ser desenvolvido foi o rituximab, anticorpo anti-CD20, que constitui um elemento fundamental no tratamento de linfomas.
Anticorpos (imunoglobulinas)
Os anticorpos são proteinas, chamadas imunoglobulinas (Ig), produzidas pelos plasmocitos, derivados dos linfocitos; cada plasmócito só produz um tipo particular de imunoglobulina.
A imunoglobulina é constituida por 2 cadeias pesadas, (designadas por μ,γ,α,δ, ou ε), e duas cadeias leves – k ou λ. .Existem diversos tipos: IgM, IgG, IgA, IgD e Ig E.
A quantidade e tipo destas imunoglobulinas no sangue e na urina são avaliadas através de análises – electroforese e imunoelectroforese.
Quando há uma infecção, aumenta a produção de várias imunoglobulinas - gamapatia policlonal.
Se houver uma alteração tumoral de um plasmócito, produz-se uma quantidade excessiva de um só tipo de imunoglobulina – gamapatia monoclonal.
Auto transplante de medula
Por esta técnica é retirada determinada quantidade de medula óssea do próprio doente, quando já não existem sinais da doença, ou seja quando está em remissão. Essa medula é congelada e guardada para ser administrada ao mesmo doente após tratamento com quimioterapia intensiva. Este procedimento permite que o doente recupere dos efeitos nocivos da quimioterapia que irá destruir as células malignas que ainda possam existir após o tratamento inicial
B
Bifosfonatos
São medicamentos que promovem a fixação de cálcio nos ossos.
Alguns, como o ácido alendrónico e o ibandrónico podem ser usados para prevenir a osteoporose. Os mais utilizados no tratamento de algumas doenças são o pamidronato e o ácido zoledrónico que são administrados no hospital, por via endovenosa. Deve ser feita avaliação pelo seu dentista antes de iniciar este tratamento, durante o qual não podem ser feitas extrações ou cirurgias dentárias devido ao risco de destruição do osso da mandibula.
Biologia molecular
São testes mais sensiveis e rápidos para identificar alterações dos genes:
FISH – fluorescent in situ hybridization. São usadas sondas fluorescentes que se ligam a determinadas sequências de ADN nos cromossomas. Por exemplo uma sonda para o gene bcr-abl, na leucemia mieloide crónica, só se irá ligar aos cromossomas que têm essa alteração.
PCR – polymerase chain reaction. É outro tipo de teste que amplifica e multiplica pequenas seqências de ADN e permite assim identificar alterações mesmo em amostras com escasso material.
Biópsia óssea
É habitualmente feita após a colheita de sangue medular, ou mielograma. É realizada sob anestesia local; nas crianças é geralmente feita ligeira sedação para que fique a dormir durante o exame.Com uma agulha especial é retirado um pequeno fragmento de osso que contém a medula óssea. Este fragmento é depois enviado para anatomia patológica onde é introduzido num bloco de parafina que é depois cortado em lãminas muito finas, corado e examinado ao microscópio.
Blastos
As células precursoras mais jovens são designadas por blastos. Podem ser ainda muito primitivas, ou indiferenciadas, ou podem já ter características da linhagem mieloide – mieloblastos, linfoide – linfoblastos, etc.
C
Cariotipo
Consiste no exame dos cromossomas ao microscópio. Após a colheita da amostra de sangue, ou de medula, as células são estimuladas para se dividirem e depois de vários procedimentos
é possível observar os diferentes cromossomas ao microscópio. É um teste demorado e menos sensível que os testes de biologia molecular.
Células estaminais
As células estaminais, também chamadas células mãe, progenitoras ou células pluripotenciais, existem na medula e vão dar origem a todas as células do sangue. Existem também no sangue e têm características particulares da sua superfície: são designadas por CD34+.
Células sanguíneas
As células do sangue são os glóbulos vermelhos, ou eritrócitos, os glóbulos brancos, ou leucócitos, e as plaquetas. ler mais em" Medula óssea e hematopoiese"
Células T modificadas
Os linfocitos T, são capazes de reconhecer células malignas, ou infectadas por micro-organismos, e destrui-las. Por processos complexos de engenharia genética é possível “produzir” células capazes de reconhecer células linfoides malignas e eliminá-las.
Cifoplastia
É uma técnica ortopédica em que é introduzido um pequeno balão de ar dentro da vértebra o que permite corrigir a deformidade causada pela fractura; o balão é depois retirado e é introduzida pequena quantidade de cimento o que dá maior solidez à vértebra.
Citometria de fluxo
Nesta técnica são adicionados às amostras de sangue, ou de medula, diferentes anticorpos ligados a substãncias que emitem luz – fluorocromos. Esses anticorpos são específicos para diferentes antigénios nas células. A amostra é colocada depois num aparelho - citometro de fluxo - que permite identificar se as células têm ou não os os antigénios pesquisados.
Citostatico
Medicamento que provoca a morte celular. Utilizado no tratamento de doenças malignas - cancro
Classificação das SMD
Classificação das Síndromes mielodisplásicas - OMS
Citopénias refractárias com displasia unilinear (CRDU):
Anemia refractária (AR)
Neutropénia refractária (NR)
Trombocitopénia refractária (TR)
Anemia refractária com sideroblastos em anel (ARSA)
Citopénias refractárias com displasia multilinear (CRDM)
Citopénia refractária com displasia multilinear e sideroblastos em anel
Anemia refractária com excesso de blastos -1 (AREB 1) - Citopénia(s). < 5% blastos
Anemia refractária com excesso de blastos – 2 (AREB-2) - Citopénia(s)- 5-19% blastos
Síndrome mielodisplásica não classificada (SMD-I) - Citopénia(s). < 1% blastos
SMD associado a del 5q isolada - Anemia +/- trombocitose. Blastos < 1%
Corticoides
São medicamentos semelhantes ao cortisol produzido no nosso organismo, como a Cortisona, Dexametasona e a Prednisona. Tém um papel anti-inflamatório importante e são também utilizados no tratamento de linfomas e de algumas leucemias pois diminuem o número de linfócitos
Cromossoma Filadélfia
É assim chamado porque foi identificado na cidade Filadélfia em 1982. Há uma translocação
- mudança - do gene abl, de um dos cromossomas 9, para um dos cromossomas 22, perto do gene bcr. Forma-se assim um novo gene bcr-abl, responsável pela produção de uma proteina – tirosina cinase – que leva à proliferação dos globulos brancos.
Cromossomas
Os cromossomas são constituidos por ADN (ácido desoxi-ribonucleico). Cada cromossoma tem uma zona central, mais estreita, chamada centrómero, que o divide em dois braços – um mais curto, “p” e outro mais longo “q”.
No núcleo de cada célula existem 46 cromossomas agrupados em 23 pares. Cada par é constituído por um cromossoma herdado do pai e outro da mãe. São 22 pares de cromossomas designados por ordem decrescente de tamanho, do par 1 ao par 22. e que são idênticos no homem e na mulher (autossómicos) e um par de cromossomas determinantes do sexo.
Os cromossomas sexuais são designados por X e Y. O sexo feminino é determinado por dois cromossomas X – XX – e o masculino por XY .
D
Deleções
Perda de parte, ou totalidade, de um cromossoma. Pode ocasionar algumas leucemias como a deleção do cromossoma 5 ou 7, sendo designadas respectivamente por 5- e 7-.
E
Eritropoietina
Hormona produzida pelo rim e que regula a produção de globulos vermelhos.
Estadiamento de Ann Arbor
Estadiamento de Ann- Arbor - (local onde vários hematologistas se juntaram para definir esta classificação):
Estádio I – Envolvimento de apenas uma região linfática ou localização extra-linfática única (IE)
Estádio II – Envolvimento de duas ou mais regiões do mesmo lado do diafragma ou de uma região contígua a localização extra- linfática única (II E).
Estádio III – Envolvimento de regiões acima e abaixo do diafragma, pode incluir o baço.
Estádio IV – Disseminação para um ou mais órgãos extra-linfáticos, independente do envolvimento de gânglios linfáticos.
Estudo citogenético
Determina as alterações dos cromossomas e dos genes. Esse estudo baseia-se em diferentes técnicas:
O cariotipo avalia o número e as alterações dos cromossomas,
Os estudos de biologia molecular, PCR e FISH avaliam em maior detalhe quais os genes alterados.
F
Fludarabina
É um citostático que pertence ao grupo dos análogos das purinas.
É utilizado no tratamento de leucemia linfática crónica. Pode causar anemia hemolítica e algumas complicações neurológicas
G
Genes
São constituídos por porções de ADN (ácido desoxi-ribonucleico) e transmitem a informação para a produção de diferentes proteinas. Os genes constituem a base da hereditariedade e estão localizados nos cromossomas.Cada indivíduo tem cerca de 19.000 genes.
Globulos brancos
Globulos brancos, ou leucocitos. São as células que nos defendem das infecções.
O valor normal é entre 5-10 x 10⁹/L
A sua diminuição designa-se “leucopénia” e o aumento por “leucocitose”
Existem diversos tipos de leucócitos:
Neutrófilos, os mais numerosos e os mais importantes no controle destas infecções.
Eosinófilos – importantes no controlo de parasitas; aumentam também nas alergias e com alguns medicamentos.
Basófilos – envolvidos nas reacções alérgicas
Monocitos – também responsáveis pelo controle de infecções.
Linfocitos – responsáveis pela nossa imunidade contra infecções e por outros processos, como nas doenças auto-imunes e rejeição de transplantes.
São de diferentes tipos:
Linfocitos B - diferenciam-se em plasmocitos, células produtoras de imunoglobulinas ou anticorpos.
Linfocitos T – importantes no combate a vírus e parasitas; estimulam a produção dos linfocitos B e produzem diversas citocinas.
Células NK – destroiem as células tumorais e actuam na imunidade.
Globulos vermelhos
Globulos vermelhos, ou eritrócitos, são as células mais numerosas do sangue e contêm hemoglobina. A hemoglobina é uma proteina, ligada ao ferro, que transporta o oxigénio desde a circulação pulmonar até aos vários tecidos.
São produzidas na medula óssea e essa produção é regulada pela eritropoietina, uma hormona produzida pelo rim.
O valor normal de eritrócitos é entre 3,5 e 5.0 x 10¹²/ L
O valor normal de hemoglobina (Hb) é entre 13g/dl - 17g/dl nos homens e 12g/dl-14g/dl nas mulheres.
A diminuição da hemoglobina designa-se por anemia e o seu aumento por policitemia.
I
Imunocitoquimica
As diferentes células têm antigénios característicos que podem ser identificados por ligação a anticorpos específicos, ligados a determinadas substâncias que emitem luz e diferentes cores. Esta técnica aplicada às amostras de tecido obtido por biopsia, permite identificar ao microscópio células que estão coradas – positivas – ou não coradas – negativas
Imunofenotipagem
As diferentes células têm antigénios característicos ( designados por CD seguido de diferentes números) que podem ser identificados por ligação a anticorpos específicos, ligados a substâncias que emitem luz e que têm diferentes cores. Esta técnica aplicada às amostras de sangue, permite identificar num aparelho especial (citómetro de fluxo) as células que estão coradas – positivas – ou não coradas – negativas.
Imunomoduladores
Imunomoduladores (ImiDs) são substâncias que interferem na resposta imunitária. São análogos da talidomida, um medicamento muito usado nos anos 1950 como anti-emético durante a gravidez e que foi retirado por causar alterações no feto.
Quer a talidomida, quer os novos iMiDs como a lenalidomida e pomalidomida, inibem a formação de novos vasos sanguíneos e estão a ser usados no Mieloma Múltiplo e nas síndromes mielodisplásicas. Aumentam o número de linfócitos T e NK, que removem as células tumorais e interferem em outros processos. Os efeitos secundários mais frequentes são a fadiga, rash, obstipação e diminuição dos valores hematológicos. Podem causar flebotrombose das veias profundas e embolia pulmonar que pode ser fatal, devendo por isso ser administrado tratamento para evitar formação de coágulos sanguíneos. A talidomida pode causar neuropatia.
Inibidor do Bcl2
Bcl2 (B cell lymphoma 2) – representa um grupo de substâncias que interferem na apoptose, ou seja na morte programada das células. Medicamentos que diminuem essa actividade, como o venetoclax, são promotores da morte das células neoplásicas e estão aprovados no tratamento da leucemia linfática crónica.
Inibidores da PD-1
Programmed cell death protein, ou PD1 (CD 279) é uma proteina da família das imunoglobulinas, que existe na superfície das células T.
Estes novos medicamentos, designados como inibidores PD1, bloqueiam essa proteina e assim activam a resposta imunitária contra diversos tumores.
Inibidores da tirosina-cinase (ITC)
Não são quimioterapia, mas têm importante acção no controlo de doenças como a LMC, pois inibem a proteína anormal resultante do cromossoma Filadélfia.
Inibidores das cinases
As cinases são enzimas que alteram a estrutura das proteínas por lhes adicionar um fosfato, processo conhecido por fosforilação. São muito importantes no crescimento celular.
Em alguns casos estão implicadas no aparecimento de doenças malignas, como no casos da leucemia mieloide crónica e muitas outras.
Os medicamentos que inibem a sua acção têm um papel importante no controle de algumas doenças malignas.
Inibidores do proteossoma
O proteassoma é uma estrutura celular que tem como função a degradação de diversas proteinas intra-celulares, tóxicas para a própria célula. Estes medicamentos inibem essa função e levam à destruição das células.
O primeiro a ser usado foi o Bortezomib, mas outros têm surgido como o Carfilzomib.
Inversão
Inversão é um reordenamento de uma parte de um cromossoma em que um segmento é como que cortado e invertida a sua posição no cromossoma.
L
Linfócitos
São globulos brancos que estão envolvidas na imunidade; existem diversos sub-tipos.
• Linfocitos B cujo desenvolvimento se processa na medula óssea (Bone marrow) e nos gãnglios linfáticos; a sua função é a produção de anticorpos – imunoglobulinas.
• linfocitos T, a sua maturação ocorre no Timo; estimulam os linfocitos B e são os responsáveis pela rejeição no transplante de orgãos e por doenças autoimunes como o lúpus.
• linfocitos ou células NK (natural killer) cuja função é a eliminação de células anormais, incluindo as células tumorais.
Durante o processo de maturação os linfocitos vão adquirindo e perdendo determinadas proteínas, ou antigénios, na sua superfície, que são designados pelas letras CD, seguidas de diferentes números.
Linfócitos B
Linfocitos B são aqueles cujo desenvolvimento se processa em parte na medula óssea (Bone marrow), e também nos gãnglios linfáticos e cuja função é a produção de anticorpos – imunoglobulinas. Os linfocitos maduros expressam os antigénios CD19 e CD20
Linfócitos T
Os linfócitos T estão também envolvidos na imunidade, em parte estimulando a produção dos linfocitos B e são os responsáveis pela rejeição no transplante de orgãos e por doenças autoimunes como o lúpus; a sua maturação ocorre no Timo. Os linfocitos T maduros expressam o antigénio CD7; existem essencialmente os linfocitos T auxiliadores, que expressam igualmente CD4 e os linfocitos T supressores, que coexpressam CD8.
M
Medula óssea
A medula óssea é o tecido espongoso do interior dos ossos, onde se produzem as células sanguíneas a partir de uma célula primitiva, também chamada célula estaminal. Na criança existe em quase todos os ossos, mas no adulto está confinada aos ossos da bacia, esterno e costelas.
Mielograma
Consiste na aspiração de pequena quantidade da medula, que existe em determinados ossos. Geralmente é colhida por punção da bacia, na crista íliaca posterior. O doente fica deitado de barriga para baixo, ou de lado e é feita anestesia local.
O exame é feito por um especialista com experiência e é um pouco doloroso quando se aspira a medula. Nas crianças é geralmente feita ligeira sedação para que fique a dormir durante o exame.
N
Neutrofilos
Neutrófilos são um dos tipos de glóbulos brancos, importantes na defesa de infecções pois são capazes de se dirigir para o local onde se encontram as bactérias e de as destruir.
P
Plaquetas
Não são células, mas sim pequenos fragmentos de células que existem na medula, chamadas megacariocitos.
Quando há uma ferida ou um traumatismo, as plaquetas acumulam-se nesse local, favorecendo por um lado a coagulação e por outro a reparação do vaso sanguíneo.
Os valores normais estão entre 150-450 x 10⁹/l
A diminuição de plaquetas designa-se por “ trombocitopenia” e o seu aumento por “ trombocitose”.
Plasmócitos
Os plasmócitos correspondem à fase final de diferenciação dos linfócitos B e são as células que produzem os anticorpos (imunoglobulinas) que nos defendem das infecções; cada plasmocito produz apenas um tipo de imunoglobulina.
Q
Quimioterapia
A quimioterapia consiste no tratamento com medicamentos chamados citostáticos e que provocam a morte celular. Infelizmente não são específicos para as células malignas e causam também a destruição de células normais.
S
Sideroblastos
Os eritroblastos são células precursoras dos globulos vermelhos que se encontram apenas na medula em condições normais. Por vezes, como nas síndromes mielodisplásicas, o ferro (sidero em grego) que vai ser necessário para formar a hemoglobina dispõe-se em grãnulos à volta do núcleo do eritroblasto; estas células designam-se por sideroblastos.
T
Tipos de LH
LH “clássico” – mais frequente existem 4 subtipos:
Predomínico linfocitário – cerca de 5% dos casos, mais frequente nos idosos, em que o gãnglio está invadido por pequenos linfocitos e algumas células de Reed-Sternberg.
Esclero-nodular – cerca de 60-70% dos casos, particularmente nos mais jovens e do sexo feminino; tem melhor prognóstico com elevada possibilidade de cura. O gãnglio tem cápsula espessada e o interior com aspecto de nódulos. Podem persistir nodulos fibrosados após o tratamento. Geralmente a doença é limitada.
Celularidade mista – cerca de 25% dos casos, geralmente nas crianças e mais idosos. No ganglio encontram-se diversas células diferentes e muitas células de Reed-Sternberg. Neste tipo a doença é habitualmente disseminada, com sintomas gerais e há compromisso da imunidade. A possibilidade de cura é elevada.
Depleção linfocitária – muito raro, mais frequente nos idosos, havendo escassos linfocitos no gãnglio e várias células de Reed-Sternberg de morfologia diversa.
LH nodular de predomino linfocitário – cerca de 5-10% dos LH, mais frequente nos homens, e nos gânglios existem muitos linfocitos, histiocitos e células de Reed-Sternberg com aspecto de pipocas. O cresciento é lento e pode evoluir para LNH.
Tirosina-cinase
São enzimas responsáveis pela fosforilação de proteínas, alterando assim a sua estrutura e função.
Transfusões
Consiste na administração endovenosa de sangue de um dador com grupo sanguíneo compatível.
Quando é feita colheita de sangue de um dador voluntário, são recolhidos cerca de 400-450 ml de sangue; esse sangue é depois separado por centrifugação em diversos componentes: concentrado eritrocitário, concentrado plaquetário e plasma.
Translocações
É a passagem de uma pequena porção de um cromossoma para outro. Pode ser recíproca, ou seja, há igualmente translocação em sentido inverso. Leva à junção de genes que, em condições normais, estariam em cromossomas diferentes. Forma-se assim um gene diferente – gene de fusão – que pode ter como consequência o aparecimento de leucemia, de linfoma ou de outras doenças malignas
Transplante de células estaminais
As células estaminais, também chamadas células mãe, existem na medula e vão dar origem a todas as células do sangue. Existem também no sangue e têm carcteristicas particulares – CD34+.
Neste processo é feita colheita de células estaminais circulantes através de uma veia periférica. O dador fica ligado a uma máquina por onde circula o seu sangue, sendo separadas as céluas CD34+ que serão armazenadas num saco de transfusão e mais tarde administradas ao doente; o restante sangue é devolvido ao dador através de outra veia.
Este processo, chamado aferése, pode demorar cerca de 2-3 horas e não tem práticamente qualquer risco.
Transplante de células progenitoras
Transplante de medula
Consiste na transfusão de medula óssea de um dador compatível para o doente - transplante alogénico.
O dador é geralmente um irmão, mas pode ser outra pessoa, cujas células do sangue tenham características semelhantes às do doente - histocompatibilidade.
O dador será submetido a uma anestesia geral, para que lhe seja retirada, por técnica de mielograma, a necessária quantidade de medula óssea. Essa medula é depois dada ao doente, através duma veia, como se fosse uma transfusão.
Transplante medular
Transplante medular consiste na transplante de medula óssea de um dador compatível, para o doente - transplante alogénico.
O dador é geralmente um irmão, mas pode ser outra pessoa, cujas células do sangue tenham características semelhantes às do doente - histocompatibilidade. O dador será submetido a uma anestesia geral, para que lhe seja retirada, pela técnica de mielograma, a necessária quantidade de medula óssea. Essa medula é depois dada ao doente, através duma veia, como se fosse uma transfusão.
Em algumas situações pode ser feito autotransplante: quanto o doente está sem sinais de doença é-lhe retirada determinada quantidade de medula que irá receber de volta depois de ter feito mais quimioterapia.
Tratamento dos linfomas
Trissomia
Em vez de existirem 2 cromossomas em determinado par, existem 3 cromossomas. É o caso da trissomia 21 que causa o mongolismo.
V
Vertebroplastia
É uma técnica ortopédica que consiste na introdução de uma substância que actua como um cimento dando consistência e solidez à vértebra lesada.